Imaginários

Sentimentos alheios são imaginários para corações famintos de intimidade.

sexta-feira, abril 01, 2005

rio a encher

o fino fio d'água que é minha poesia
escorre ligeiro do teto ao chão
da alma que aloja esta carne,
e quando gotinhas de vida condensam
em pertences esquecidos numa viela
nos absurdos de uma criança
e em suspiros de donzela,
sou chuva que chove pra dentro

e cada canto ressecado da essência
vira sulco pro meu rio
fazendo ribanceira
nos toques do teu lábio

viver é condensar
e amar é a magia mais fácil
para não se evaporar